No Brasil, uma em cada três crianças é considerada obesa. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, em 2030, o país deve ficar entre os cinco com o maior número de crianças e adolescentes acima do peso.
Em um passado não muito distante, estar acima do peso era considerado sinônimo de saúde. Nessa época, era comum que os adultos comemorassem quando as crianças estavam mais gordinhas, pois entendiam que era sinal de que se alimentavam bem. Hoje, essas ideias são consideradas ultrapassadas e, cada vez mais, os especialistas alertam para os perigos da obesidade infantil para o desenvolvimento das crianças.
“Combater a obesidade infantil é aumentar a expectativa de vida e evitar sérios problemas de saúde pública. E fazer com que nossas crianças vivam com mais saúde, transmitindo esse legado de geração a geração”, afirma a endocrínopediatra Letícia Rocha Batista.
Segundo ela, a obesidade é reconhecida como doença desde 1985, sendo resultado de um balanço energético positivo, ou seja, a pessoa ganha mais energia do que gasta. “O obeso saudável é a exceção. A obesidade infantil é uma doença grave, crônica, de alta mortalidade, e multi fatorial. Ela envolve aspectos nutricionais, genéticos, metabólicos, socioeconômicos, ambientais, psicológicos e hábitos de vida”, detalha.
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Diagnóstico precoce
O índice de massa corporal (IMC) é o parâmetro usado para saber se uma pessoa está acima do seu peso ideal, ele é calculado ao se dividir o peso pela altura ao quadrado. Os valores considerados saudáveis estão entre 19,5 e 25 para os adultos. Letícia comenta que, na pediatria, também é utilizado o IMC, mais a interpretação é um pouco diferente.
“Nós avaliamos os gráficos conforme o sexo e a idade das crianças. Por isso, é fundamental que os pais façam o acompanhamento regular dos teus filhos para o diagnostico precoce”, indica.
A alimentação inadequada e o sedentarismo são considerados a principal causa de ganho de peso na infância. No entanto a endocrínopediatra observa que os hábitos familiares é a genética dos pais também exercem forte influencia na obesidade infantil. Por conta disso, os pais devem redobrar a atenção aos pequenos.
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