A queda de cabelo, ou alopécia, é um dos efeitos colaterais mais comuns de certos quimioterápicos, impactando a autoestima e revelando publicamente o tratamento oncológico.
Nem todas as medicações causam alopécia; geralmente, são os quimioterápicos, muitos deles usados no tratamento do câncer de mama. Existem estratégias para reduzir a queda de cabelo, mas elas não são completamente eficazes. Recomenda-se uma boa alimentação, evitar o tabagismo, corrigir distúrbios endocrinológicos e adotar cuidados como não prender o cabelo, lavar suavemente e usar fronhas de seda para minimizar o atrito.
No entanto, avanços tecnológicos têm sido desenvolvidos para evitar a queda de cabelo durante a quimioterapia. Como os folículos capilares se dividem rapidamente, tornam-se alvos fáceis da quimioterapia. Para proteger os folículos, toucas térmicas que resfriam o couro cabeludo foram criadas, diminuindo a circulação sanguínea e, consequentemente, o alcance da quimioterapia nos fios, além de, teoricamente, reduzir o metabolismo do folículo.
Um estudo recente1 avaliou a eficácia de um sistema de resfriamento capilar a longo prazo. Enquanto estudos anteriores focavam na queda de cabelo imediatamente após a quimioterapia, este acompanhou as pacientes por mais tempo. Entre as mulheres que utilizaram o resfriamento capilar, apenas 13% sofreram de alopécia permanente seis meses após o tratamento, em contraste com 52% no grupo que não fez uso do resfriamento.
Os resultados mostram que o resfriamento capilar é eficaz na redução da alopécia permanente, oferecendo uma alternativa promissora para manter a qualidade de vida das pacientes. Entretanto, o resfriamento pode causar efeitos colaterais, como dor de cabeça, tontura e calafrios, e não é indicado para todos os tipos de câncer, como os hematológicos ou em casos de metástases.
Converse com seu oncologista para saber se o uso da touca de resfriamento é adequado para o seu tratamento.
Dr. Henrique Guesser Ascenço
Oncologia Clínica
CRM/MS-7125 / RQE-4094
*Os anúncios e informes publicitários assinados são de responsabilidade de seus autores,
e não refletem necessariamente a opinião da Revista Saúde Mais.