Imunoterapia nas doenças alérgicas

A IMUNOTERAPIA nas doenças alérgicas de acordo com a ASBAI (Associação Brasileira de Alergia e Imunologia) é um tratamento empregado nas doenças alérgicas há mais de cem anos. Consiste na introdução, por via injetável (subcutânea) ou via sublingual, de quantidades crescentes de uma substância causadora de alergia (alérgeno) com o objetivo de se obter um estado de tolerância a esta substância.

Regulam a produção de anticorpos, diminuindo os anticorpos da classe IgE (responsáveis pelas alergias) e aumentando os anticorpos IgG4. Além disso, diminuem as células inflamatórias que participam da reação alérgica e regulam os linfócitos da imunidade humoral e celular.
Ela é a única forma de tratamento que pode alterar a história natural da doença alérgica, trata a causa da doença, ao contrário dos medicamentos farmacêuticos que atuam apenas nos sintomas.

As vacinas de alergia (imunoterapia específica contra alérgenos) estão indicadas para várias doenças onde o mecanismo alérgico é uma reação imediata, também chamada “mediada por IgE”. Esse tipo de reação tem esse nome porque ocorre poucos minutos após o contato com a substância causadora da alergia (alérgeno). IgE é uma classe de anticorpos que é responsável pelas reações alérgicas; e o organismo pode produzir IgE específica para cada substância com a qual ele entre em contato.

Entre as principais doenças alérgicas indicadas para tratamento com imunoterapia estão:
1- Doenças alérgicas das vias aéreas como rinite alérgica, asma alérgica, sinusite alérgica e laríngo-faringites alérgicas.
2- Alergias oculares (conjuntivite alérgica).
3- Alergias a picadas de insetos (pernilongo, formigas, abelhas, vespas e marimbondos).
4- Alergias da pele como dermatite atópica, algumas formas de urticárias mediadas por IgE.e Disidroses por alergias micóticas e bacterianas.

O tempo de tratamento com imunoterapia é preconizado por 3 a 5 anos ou mais conforme a necessidade que vai depender de vários fatores inerentes a própria doença e organismo da pessoa (hospedeiro).
Quanto a questão de eficácia da imunoterapia, já é bem definido a sua eficácia pela medicina baseada em evidência como melhor grau de recomendação (grau A), reconhecida e recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pelo II Consenso Brasileiro no manejo da Asma e por Consensos Europeus e Americanos.

Em relação à segurança da imunoterapia, ela é considerada eficaz e segura quando realizada por um médico especialista (qualificado), conforme citação abaixo:
“A imunoterapia específica para alérgenos indicada e realizada por médico qualificado é um tratamento eficaz e seguro […]” (Eficácia e segurança da imunoterapia com alérgenos-100 anos de certificação. Revista Brasileira de Alergia e Imunopatologia. São Paulo, vol. 34, N.2, março / abril 2011.).

Dr. Celso Tabosa*
Médico Alergista e Imunologista
CRM – MS 2062 e RQE 1036

  • Especialista em alergia e imunologia pelo CFM / ASBAI / AMB
  • Estágio de Aperfeiçoamento em imunologia – HU da UFRJ
  • Especialização em Alergia Dermatológica- Santa Casa/RJ
  • Pós-Graduado em Alergia e Imunologia – PUC/RJ
  • Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior – UNIDERP
  • Associado à ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE ALERGIA E IMUNOLOGIA (ASBAI)
  • Associado à SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES (SBIm)

*Os anúncios e informes publicitários assinados são de responsabilidade de seus autores,
e não refletem necessariamente a opinião da Revista Saúde Mais.