Anticorpos droga-conjugada (ADCs) são uma classe terapêutica em evidência nos tratamentos de tumores sólidos.
O conceito dos ADCs é bastante antigo e data do início de 1900, quando um famoso pesquisador chamado Paul Ehrlich, pela primeira vez, cunhou o termo “bala mágica”, ou seja, um fármaco que pudesse afetar apenas as células doentes (células tumorais), poupando as células saudáveis de nossos corpos.
Esses ADCs se conectam a um receptor nas células tumorais, entram dentro da célula, e um quimioterápico bastante potente é liberado em seu interior, provocando a destruição celular e redução tumoral.
Assim os efeitos colaterais do quimioterápico tendem a ser mais brandos e seletivos, uma vez que o quimioterápico e liberado somente após entrar na célula tumoral.
O racional de funcionamento dessa classe farmacológica, que nos remete à famosa história do Cavalo de Troia, foi inicialmente imaginado por Paul Ehrlich há mais de um século e hoje é realidade no tratamento de muitos tumores sólidos.
Os dados dos estudos com ADCs tem sido extremamente positivos, com altas taxas de respostas tumorais, inclusive em casos de metástase cerebral.
Atualmente já temos uso dos ADCs no Brasil, com aprovação pela anvisa para uso em tumores de mama, bexiga e pulmão, trato gastrointestinal.
Dr. João Paulo Vendas Villalba
CRM-MS 5526
Oncologia Clínica – RQE 4329
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